CURVA
CONCURSO SILOS BUENOS AIRES (2022)
Alan de Melo │ Amanda Oliveira │ Gabriela Zaruvne │ Lee Ha Guaen │ Mateus Tedeschi │ Renata Leite
ArchDaily (12/01/2023)
https://www.archdaily.cl/cl/994815/imaginando-la-rehabilitacion-de-los-silos-en-puerto-madero-buenos-aires
Portal do Paraná (26/02/2023)
https://paranaportal.uol.com.br/geral/alunos-da-ufpr-sao-finalistas-em-concurso-internacional-de-arquitetura
D'ponta News (26/02/2023)
https://dpontanews.com.br/parana/estudantes-de-arquitetura-e-urbanismo-da-ufpr-criam-projeto-finalista-em-concurso-internacional/
Tudo já existe (28/02/2023)
https://tudojaexiste.com.br/estudantes-da-ufpr-sao-finalistas-em-concurso-internacional/
PORTO MADERO - Argentina
Porto Madero, hoje, é considerado o bairro mais caro da América Latina. O ambiente é dominado por torres corporativas, apartamentos de luxo e restaurantes caros. Desta maneira, a área urbana desenvolve-se de forma monótona e retilínea.
A vida urbana da antiga zona portuária é marcada por um eixo socioeconômico e político urbano que começa no Congresso Nacional da Argentina e termina no Parque "Mujeres Argentinas", passando por eixos estruturais como a Avenida "9 de Julio", "Plaza de Mayo", "Casa Rosada" e a Ponte das Mulheres, que hoje está bloqueada pelos silos desativados.
Com esta configuração do percurso na estrutura urbana, o conceito do projeto é abrir uma passagem ao longo da fachada dos silos, proporcionando uma conexão entre a saída da ponte desenhada por Calatrava e o Parque "Mujeres Argentinas", fomentando a caminhabilidade urbana. Além disso, através de um suave declive no terreno, pretende-se convidar o pedestre a adentrar o centro cultural.
O projeto entende a reconfiguração dos antigos depósitos de grãos como um ato fundamentalmente político, trata-se da reestruturação de um território abandonado com múltiplos atores, identidades e valores. Um espaço que hoje se encontra envolvido num contexto completamente divergente do antigo porto, fazendo da zona dos silos um local inóspito e ocioso, um vazio urbano.
A proposta pretende desafiar os pressupostos básicos do padrão arquitetônico local, criando um espaço identitário que cultive a criatividade e apoie a vida artística da cidade.
EIXO ESTRUTURANTE DE PORTO MADERO
EVOLUÇÃO DA FORMA
IMPLANTAÇÃO
O design parte do primeiro andar, propondo usos que cativam os usuários e permitem interações entre diversas atividades culturais. As intenções arquitetônicas são criar vínculos entre a paisagem e o usuário a partir de pontos de permanência, distribuídos ao longo do edifício, nos quais se pode observar a vida interna do complexo e o contexto da região a partir de aberturas que conferem permeabilidade à estrutura.
Nos pavimentos inferiores, encontram-se usos relacionados à veia musical da cidade, salas de dança, estúdios de música e espaços fluidos que permitem aos usuários expressar seus sentimentos por meio do movimento corporal e da percepção auditiva. Mais acima, encontram-se os espaços de manifestação artística visual, estúdios de arte, áreas expositivos e salas de coworking, que conferem multi funcionalidade ao projeto.
Antes de chegar ao patamar do terraço, que conduz o visitante a uma agradável vista sobre a cidade, existem dois pisos destinados a exposições de arte, tanto de coleções fixas, quanto de exposições temporárias, configurando este patamar numa zona caminhável, repleta de significados e simbologias que garantem o desenvolvimento artístico do visitante.
O edifício é envolvido por uma membrana de tecido que divide os espaços e dialoga contrastantemente com o concreto, criando uma relação entre o curvilíneo e o rígido. O nome do complexo - CURVA - procura descrever de forma simples a morfologia existente nas configurações circulares que marcam o arquétipo dos silos. Um termo minimalista, sereno e puro que pretende tornar transparentes as camadas rígidas e espessas da estrutura, permitindo que a visão do observador percorra os espaços, e instigando o usuário a deixar de lado seu percurso normalmente retilíneo para experimentar novas atividades.
Em frente ao conjunto, desenvolveu-se uma grande praça onde se configura um labirinto paisagístico com telas curvas de tecido tensionado, espelhos d'água e vegetações que quebram o ritmo contínuo do passeio ao redor. Há também um percurso que leva os visitantes a uma grande praça subterrânea de uso misto, que, por sua escala, questiona e instiga os sentidos de proporção e perspectiva dos visitantes. Sua continuidade espacial e a iluminação zenital, vinda através das grandes claraboias, desenvolvem um ambiente particular dentro do contexto urbano.
PRANCHAS DE APRESENTAÇÃO DO PROJETO
